Simpósios (GTs)

PARDOS E NEGROS NO BRASIL COLONIAL: RESISTÊNCIA CULTURAL E LUTA POR INCLUSÃO SOCIAL 
Msª. Janaína Santos Bezerra/UFRPE
Mstrdª. Raquel Cristiane Muniz Florêncio/UFRPE
Msª. Denize Siqueira da Silva/UFRPE
janatabira@hotmail.com

A proposta desse simpósio-temático é a de agregar pesquisas, concluídas ou em andamento, que lidam com a temática geral escravidão e exclusão social. Pretende-se com este simpósio construir um espaço de interlocução e de divulgação dos trabalhos realizados nos últimos anos, por historiadores e pesquisadores de áreas diversas, em torno dessa temática, reunindo, dentre outros, os seguintes temas como: memória, irmandade, mulher, poder, cultura, sociedade e etnia.


ENTRE A PEDRA E A CARNE: ESTRUTURAS, ESPAÇOS E PRÁTICAS NA FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO.
Mstrdº. Sandro Vasconcelos da Silva/UFRPE
sanohman@yahoo.com.br

Durante algum tempo os espaços urbanos eram percebidos como meros palcos onde se desenrolavam as narrativas historiográficas, sendo relegados a um papel secundário. Tal perspectiva reduzia a cidade a uma condição inerte, não tendo nenhuma relação com as ações dos sujeitos. Hoje podemos perceber que não só o meio pode ser modificado mediante a ação do homem como este também tem suas ações influenciadas pela urbe que apresenta várias temporalidades que podem coexistir num mesmo espaço. Sendo assim, a rigidez e a impassividade assumem contornos delineados a partir dos múltiplos sentidos atribuídos a uma dada territorialidade com seus limites, fronteiras, códigos políticos, sistemas culturais e memórias (CERTEAU, 1994). Nesse sentido, percebemos que a cidade é constituída de várias outras que se desdobram para os que nela habitam ou transitam, local onde são vividos os ritos da ordem e do caos, da disciplinarização e dos desregramentos (HAESBAERT, 2006). A proposta deste simpósio temático é trazer à luz da discussão acadêmica, os múltiplos olhares sobre a estrutura, o território, o espaço, assim como, práticas e memórias dos seus caminhantes/viventes.


HISTÓRIA E GÊNERO
Mstrdº. Sandro José da Silva/UFRPE
Mstrdª. Grasiela Florêncio de Morais/UFRPE
sandrosilvahistoria@yahoo.com.br

Este simpósio temático tem como proposta reunir pesquisas que tratem a respeito de gênero em diversos recortes históricos. O nosso objetivo é incitar discussões e reflexões sobre uma área que tem sido bastante evidenciada nos últimos anos. Entendendo gênero como sendo uma categoria de análise em que procura refletir sobre os vários modelos de masculino e de feminino bem como suas implicações construídas cultural e socialmente. Esta “nova” historiografia permite visualizar o humano em suas múltiplas dimensões e sensibilidades ao utilizar ferramentas teóricas caras a antropologia, a linguística, a psicologia e a sociologia, por exemplo. Aí, a interdisciplinaridade torna-se o mote para ampliar o campo de visão a respeito das vivências cotidianas. A tentativa de aproximação com o cotidiano, da percepção da história enquanto espaço de experiência do vivido, induz os pesquisadores a confeccionarem os seus trabalhos com vistas a contribuírem para a sociedade na qual estão inseridos. Busca-se por uma história que não caia no vazio, uma história que não cheire a poeira, mofo e teia de aranha. Seria, nesse caso, uma escrita feita a partir das demandas exigidas pelo presente.


CULTURA, DITADURA E SOCIEDADE: ENTRE PROBLEMATIZAÇÕES E NOVAS POSSIBILIDADES.
Mstrdº. Diogo Barreto Melo/UFRPE
profdiogob@gmail.com

Quando o assunto Ditadura Militar Brasileira é trazido no cerne da discussão, forma-se logo um imaginário que remete aos termos repressão, exílio, tortura, prisões, mudanças de paradigmas políticos, golpe, revolução, perseguições, entre outros comumente aplicados por vários estudiosos do tema, de forma exaustiva sobre a historiografia do período. Contudo, se faz necessário almejar novas possibilidades de entendimento de uma época considerada difícil, excludente e, sobretudo, bastante rígida. Imaginando que a história se faz também por aqueles grupos que desafiaram os padrões de uma época, que viveram um cotidiano diferente do que os relatos oficiais mostraram apenas por não concordarem em terem seus significados e ambientes modificados por leis de cunho cerceador, é importante pensarmos em alguns aspectos que pudessem, a partir de uma investigação cuidadosa, capacitar de novas interpretações como as festas populares tal período. O referido simpósio temático tem por objetivo a ampliar o leque de debates acerca do campo cultural desenvolvido durante a chamada República Marcial (1964-1985) de modo a contemplar a pluralidade de abordagens que expliquem a forma como os atores sociais e o Estado de Exceção se caracterizaram como duas veredas intransitivas.

GÊNERO E HISTÓRIA SOCIAL DO TRABALHO 
Profº. Msº. Maciel Henrique Carneiro da Silva/IFPE
Profª. Dranda. Maria Emília Vasconcelos dos Santos/UNICAMP
macielcarneiro@gmail.com

O Simpósio Temático pretende discutir pesquisas sobre gênero e história social do trabalho, de forma articulada. Busca-se congregar estudos relativos às mulheres e homens trabalhadores, às identidades de gênero, às intricadas relações entre as categorias classe, raça, gênero e geração, em diversos contextos históricos e espaciais. Espera-se contribuições de pesquisas concluídas e/ou em andamento sobre os diversos modos de inserção das mulheres e homens nos espaços de trabalho, o cotidiano, os conflitos, as hierarquias, as resistências, as representações, as experiências sociais de gênero advindas da prática do trabalho, e os significados do trabalho e do ócio na vida das mulheres e dos homens.


DOCUMENTOS E PESQUISA HISTÓRICA
Msª. Grazielle Rodrigues do Nascimento/UFPE/CEPEHC-FN
graziellerodrigues379@hotmail.com

Segundo a UNESCO, patrimônio é o legado que recebemos do passado, que vivemos no presente e que transmitimos às gerações futuras. A noção de patrimônio é muitas vezes considerada ambígua: Trata-se de preservar um determinado cenário? Preservar um determinado acervo? O que fazer com as lembranças, as diferentes respostas de distintas culturas que também frequentaram a cena eleita como patrimônio? Como e por que considerar documentos patrimônio? Pensando nisso, a preservação das fontes históricas é de extremo interesse da sociedade - primeiro por se tratar de um bem coletivo guardião de um passado repleto de pontos de vistas, sentimentos e lutas cotidianas e segundo por carregar símbolos e significados construtores de referências culturais (segundo Tânia de Luca). Especificamente para o historiador, a utilização de documentos proporciona a percepção de diferentes relações sociais, relações de poder e de identidades. A ampliação do campo de investigação do conhecimento histórico constrói meios de democratizar o acesso aos documentos permitindo a sistematização de novas fontes, de novos referenciais teóricos e de novas metodologias. A partir disso, e pensando o uso e o mau uso dos documentos como fonte histórica (segundo Carlos Bacelar), a produção historiográfica encontra-se atrelada ao uso do documento como fonte importante para que a narrativa histórica seja materializada nas diversas correntes que o campo historiográfico proporciona: gênero e infância, trabalho, cidade e imprensa, modos de vida, experiências e práticas políticas cotidianas, as prisões e a vida no cárcere, historiografia insular, cotidianos e memórias escritos a partir da utilização de diversas linguagens documentais. Este Simpósio Temático pretende construir um espaço de discussão e reflexão, em uma perspectiva interdisciplinar, enfatizando a importância das diversas linguagens - imagéticas, sonoras, escritas e orais - na composição das narrativas históricas. O objetivo é a apresentação de trabalhos cujas diversas dimensões e contextos à produção historiográfica, provoquem um efetivo diálogo entre os problemas referentes às fontes documentais, agentes sociais e a produção da narrativa histórica.


HISTÓRIA CULTURAL: FESTAS, CULTURA E IDENTIDADES
Prof. Mestrando Augusto Neves Silva PPGH / UFPE
Profª. Mestranda Déborah Callender PPGH / UFPE
Profª. Mestranda Tássia V. Brandão Teixeira PPGH / UFPE
augustonev@gmail.com

O presente simpósio temático deseja constituir-se como um espaço de debates acerca das múltiplas relações e possibilidades que envolvem Festas, Cultura e Identidades que versem sobre a temporalidade dos séculos XX e XXI. Nessa direção, o simpósio pretende congregar uma gama de trabalhos baseados na pluralidade das relações e representações das práticas sociais e culturais que compõem a produção da escrita historiográfica. Os eixos propostos ocupam um veio relevante na produção histórica, sobretudo pela ênfase promovida pela História Cultural, visto que esta tem possibilitado que temas antes renegados pelos historiadores, possam ser historicizados e problematizados em virtude da aproximação com outras áreas do conhecimento, tais como: antropologia, lingüística, geografia cultural, crítica literária, cinematográfica, artes e outras áreas afins. Dessa forma, pretendemos abrigar também trabalhos que abordem a cultura popular e suas relações com o patrimônio nacional, bem como, esboçar o papel das manifestações culturais e da cultura afro-descendente no processo de construção da(s) identidade(s) nacional e regional, problematizando as invenções das tradições populares, do campo intelectual e das biografias de modo amplo.


HISTÓRIA E POLÍTICA NO SÉCULO XX: DISCURSOS, IMAGENS E ESPAÇOS DE RESISTÊNCIAS.
Mstrdª. Flávia de Sousa Lima/UFPE
Mstrdº. Márcio André M. Moraes/UFRPE
Mstrd°. Thiago Nunes Soares/UFPE
thiagonsoares@hotmail.com

Este simpósio se propõe a refletir acerca de pesquisas relacionadas à história política no século XX. Discutiremos a política de forma interdisciplinar, ao levar em consideração as suas múltiplas abordagens: cultural, econômica, imagética e discursiva. Nessa perspectiva, a cidade também será compreendida como espaço de disputas políticas, resistências e relações sociais.


A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XX: NARRATIVA, HISTÓRIA E MEMÓRIA
Msª. Bianca Nogueira da Silva Souza/UFRPE
bia_nog@hotmail.com

Este Grupo de Trabalho propõe uma reflexão coletiva e sistemática acerca da educação brasileira enquanto objeto de pesquisa para os estudos históricos. Compreendendo a experiência brasileira em termos educacionais como sendo diverso e instável, esperamos a participação de professores/pesquisadores tanto dos programas de graduação como de pós-graduação que problematizam a educação nas mais diversas esferas tais como: a educação na história, teorias e história da educação, memória e narrativa na educação brasileira dentre outros.


INTELECTUAIS A MODA PERNAMBUCANA: PRÁTICAS E TENSÕES EM TORNO DO COTIDIANO DO SÉCULO XX.
Msª. Bianca Nogueira da Silva Souza/UFRPE
Mstrdº. José Bezerra de Brito Neto/UFRPE
josebritos2005@yahoo.com.br/josebritos@hotmail.com

O objetivo deste GT é reunir pesquisadores que se debruçam na análise das atuações políticas, estéticas e culturais de agentes denominados por “intelectuais”, discutindo o desenvolvimento e as reconfigurações do campo intelectual no século XX em Pernambuco. A proposta é discutir e debater as práticas e conceitos que tomam estes personagens com produtores de saber e conhecimento, configurando um panorama histórico dos intelectuais em Pernambuco diante de seus diversos campos de interesses e práticas: política, arte, educação, cultura, gênero, etc. Diante da fluidez dos conceitos acerca das práticas intelectuais, e controvérsias históricas que abarcam o fluxo missionário destes personagens durante o século XX na história tanto brasileira quanto pernambucana, a proposta é discutir historicamente e sociologicamente as práticas e tensões destes sujeitos em frente às questões que cada um vivenciou em seus determinados locais e períodos no estado de Pernambuco do século XX. Neste século sugerido não foram poucos os intelectuais que procuraram justificar suas obras e ações num ethos de missão civilizatória ou nacional, como se fossem portadores especiais dos interesses gerais da sociedade. Dessa forma, este grupo de trabalho está aberto à recepção de propostas que apresentem os resultados teóricos, metodológicos e empíricos de pesquisas que se dedicaram: a) ao exame critico e reflexivo das praticas sociais, culturais, políticas, estéticas, etc e;b) analises sobre discursos de poder e contra-poder presentes nas biografias dos intelectuais;c) reflexões teóricas e metodológicas sobre os conceitos clássicos e modernos acerca dos intelectuais; d) pesquisas acerca das construções, usos sociais, significados, aplicações e formas de fruição do legado deixado por estes personagens históricos.


ESCRAVIDÃO, RESISTÊNCIA E CONTROLE SOCIAL.
Mstrdª. Lídia Rafaela Nascimento dos Santos/UFPE
Mstrdº. Ezequiel Canário/UFPE
lidiarafaela@gmail.com

Este simpósio tem como objetivo possibilitar debates acerca das possibilidades de trabalhos acerca da escravidão, resistência escrava e das formas de controle estabelecidas sobre os que foram obrigados a passar pela experiência do cativeiro.  A questão da resistência e do controle social tem tido importância significativa nos estudos sobre a escravidão brasileira. Os diversos trabalhos produzidos mostram diferentes aspectos da vida dos escravos, possibilitando novas problematizações sobre as referidas temáticas. Assim sendo, pretende-se reunir os trabalhos que versem sobre as temáticas  supracitadas, criando um espaço de interlocução dos métodos aplicados, das fontes utilizadas e dos resultados obtidos.


PRODUÇÕES DA HISTÓRIA CULTURAL: GÊNERO, LITERATURA E ESCRITAS DE SI.
Profº Ms. Rômulo José F. de Oliveira Júnior
Profª Ms. Juliana Rodrigues de Lima Lucena
Profª Ms. Jordana Gonçalves Leão
romulojunior7@hotmail.com

O que integra a participação dos homens constitui possibilidades de escrita histórica. Foi acreditando nesta idéia é que os historiadores do século XX mexeram na estrutura do fazer historiográfico A forte influencia proveio da escola francesa dos Annales e temas que eram pouco analisados, como: crianças, mulheres, homossexuais,ritos, indivíduos desconhecidos, entre tantos outros que estiveram relegados pelos historiadores passaram acamparam no cenário das pesquisas sociais. Tendo em vista essas mudanças dos objetos de pesquisa, este simpósio temático objetiva discutir os diálogos que a história cultural tem mantido com outras ciências sociais. Para tanto nossas discussões pretendem abarcar trabalhos que versem sobre objetos em que as discussões sobre gênero, literatura e sobre a escrita biográfica / auto-briográfica sejam contempladas pelos pesquisadores.