O OFÍCIO DO HISTORIADOR E A ESCRITA DA HISTÓRIA: NARRATIVAS DA MICRO-HISTÓRIA E DA (AUTO) BIOGRAFIA.
Profº Ms. Rômulo José F. de Oliveira Júnior
Profª Ms. Jordana Gonçalves Leão
Este mini-curso objetiva a promoção de discussões teórico-metodológicas sobre a Micro-história e o recurso à (Auto)biografia. Baseadas em diferentes tipologias de fontes (histórias de vida, memoriais, epístolas, arquivos pessoais, literatura, diários íntimos, coleções, cadernos de classe) as pesquisas historiográficas mais recentes se voltam para as fronteiras História/Memória/Literatura revelando sensibilidades e emoções na construção formativa e identitária do sujeito. Propomos debater metodologias possíveis de permitir uma compreensão simultânea da fonte como tal e como objeto de pesquisa que investigam construções de uma narrativa de si representadas como formas de escritas (auto)biográficas. Diferentes experiências de subjetividade podem ser repensadas e resignificadas, pois tais fontes revelam a síntese do cultivo de uma "verdade" mais interior, que no plano do imaginário corresponde a uma verdade pessoal mais autêntica que sincera. Para tanto, é preciso que se observem procedimentos para que se possa discernir entre o documento e a pessoa que o produziu, bem como os diferentes debates que congregam os estudos centrados na Micro-história, na Memória, na História Oral e outras diferentes formas de registros que revelam sensibilidades e emoções. O indivíduo e seu grupo precisam se apoiar em representações, inclusive de si mesmo e tais representações inscrevem-se por marcas no cotidiano desses sujeitos possibilitando investigações de cunho biográfico e autobiográfico. Essas formas de registro de um presente-passado-porvir revelam uma determinada compreensão da realidade social, transformada em narrativa por seus autores, podendo ser apreendida pela pesquisa a partir de questões sobre a temporalidade histórica presentes em concepções como memória, identidade, subjetividade e realidade.
MULHERES E MILITÂNCIAS: participação feminina no Brasil Militar (1964-1974).
Profa. Andréa Bandeira (UPE/UFBA)
A participação das mulheres em diferentes campos da política noperíodo auge da Ditadura Militar no Brasil, 1964-1974.
A PESQUISA HISTÓRICA E SUAS NORNAS: procedimentos metodológicos e técnicos para elaborações de projetos e monografias
Msª. Janaína Santos Bezerra/UFRPE
Mstrdª. Raquel Cristiane Muniz Florêncio/UFRPE
Msª. Denize Siqueira da Silva/UFRPE
O presente mini-curso visa apresentar e descrever os elementos e etapas que estruturam um projeto de pesquisa científica, assim como, a escrita de uma monografia. Tomando como referência as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no sentido de sistematizar a compreensão sobre a prática da pesquisa e sua importância, oportunizando o contato com diferentes fontes históricas.
O ENSINO DE HISTÓRIA EM PERNAMBUCO – Um debate sobre o que hoje se quer, o que se pode e o que se faz em salas de aula.
Ms°. Lenivaldo Cavalcante da Silva/UFRPE
Profª. Jacquelane Bezerra dos Santos/UFRPE
Em nossa formação de Historiador, tanto o bacharelado quanto a licenciatura, nos deparamos com pensamentos como a História é a arma mais letal que a química do intelecto pode produzir e que os que não conhecem a sua História estão condenados a repetir os erros. Ensinada durante muito tempo como uma Disciplina de questionários e não de questionamentos, esta Ciência ganhou a degradante alcunha de “Decoreba” e o tratamento de disciplina menor. Sem querer entrar no debate da importância desta, partimos das duas premissas acima e logo percebemos a intencionalidade ocorrida durante o período militar em nosso país em tratar a História com ênfase na construção dos grandes personagens que tanto engrandeceram o Brasil e a prática de uma História baseada em questionários que privilegiavam a memorização. Mas, se estamos em um momento de liberdade sob governos de predominância dita de esquerda, cuja tradição é a de libertar através da conscientização, o que ocorre com o ensino de História? As práticas mudaram? Como a Universidade prepara os novos regentes? E por que entramos em sala de aula com a impressão de estar em outro mundo? Em essência, qual a diferença das práticas de décadas com as da atualidade? O que construímos é um reflexo da ausência de Debates ou o que? A Idéia deste mini-curso é tratar destas questões através de debate relacionando a formação do professor de História e a realidade que encontram em sala de aula sob a tutela de governos ditos de esquerda.
OS INTELECTUAIS NO SÉCULO XX: CULTURA, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
Msª.Bianca Nogueira da Silva Souza/UFRPE
Msª.Juliana Rodrigues de Lima Lucena/UFRPE
A partir uma incursão pela história do século XX e mais especificamente no que compete a ação dos chamados “intelectuais”, nossa intenção com este minicurso é problematizar o conceito de intelectuais e suas ações e projetos políticos, éticos e estéticos para a sociedade moderna.
CULTURAS POPULARES: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Prof. Mestrando Augusto Neves Silva PPGH / UFPE
Profa. Mestranda Déborah Callender PPGH / UFPE
Profa. Mestranda Tássia V. Brandão Teixeira PPGH / UFPE
O presente mini-curso tem como objetivo discutir questões de ordem teórico-metodológicas acerca das relações entre a História e a Cultura Popular, na perspectiva de construção, desconstrução e percepção do conceito cultura popular na sua complexidade. Para tanto, pretende-se discutir a produção de alguns intelectuais sobre a cultura popular, a partir de uma reflexão daquilo que se nomeia de práticas culturais populares, a exemplo da ciranda, do samba, dentre outras formas de expressão. Considerando a relevância na História dos estudos da cultura popular, principalmente no que se refere a produção da História Cultural, pretendemos neste Minicurso: 1) apresentar as condições de possibilidade de emergência Cultura Popular – trata-se de empreender uma cartografia desse elemento historiográfico - ou naquilo que o tornou possível – e as suas contribuições para a escrita da História, 2) explicitar os seus domínios, métodos e abordagens possíveis levando em consideração alguns conceitos que fundamentam um olhar sobre a experiência popular 3) mostrar como alguns historiadores utilizaram-se da perspectiva da História Cultural para construírem seus objetos e fundamentarem suas pesquisas.
USOS DOS PROCESSOS JUDICIAIS NO TRABALHO DO HISTORIADOR: PROBLEMAS E POSSIBILIDADES
Mstrdª.Lídia Rafaela Nascimento dos Santos/UFPE
O ofício do historiador vem passando por importantes renovações. Atualmente o uso de novas fontes tem sido um dos problemas que envolvem os trabalhos na área de História. Os processos judiciais se firmaram como uma importante fonte para o trabalho do historiador, sendo indispensável a qualquer profissional da área de História envolver-se em discussões que envolvam esse tipo de fonte. O mini-curso se propõe a abordar questões teórico-metodológicas referentes ao uso de fontes judiciais no trabalho dos historiadores, trabalhando as suas peculiaridades no trabalho do historiador.
CIDADE, PATRIMÔNIO E MUSEALIZAÇÃO: O DESAFIO DA PRODUÇÃO DE SENTIDOS EM TEMPOS DA MEMÓRIA DE SILÍCIO
Ms°. Francisco Sá Barreto/UFPE
Cultura e contemporaneidade. O que é o contemporâneo e a cidade. Cultura da Memória e políticas para a construção do patrimônio. Musealização da cidade; patrimônio e espaços urbanos. Gestão e disciplina de memórias sociais; urbanização e lógica de musealização: cidades, identidades e corpos no museu.
RENOVAÇÃO NA HISTORIOGRAFIA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: NOVOS OBJETOS E FONTES DE PESQUISA
Profª. Drª. Rozélia Bezerra/UFRPE
O curso tem o objetivo de mostrar procedimentos metodológicos das pesquisas em história da educação usando novas fontes e objetos de pesquisa. Fará análise de caso para realçar a importância da multidisciplinaridade na historiografia da história da educação.
A CONSTRUÇÃO DA FORMA PARA O CONTEÚDO: NOÇÕES DE METODOLOGIA CIENTÍFICA.
Mstrd°. Diogo Barreto/UFRPE
Mstrd°. Sandro Vasconcelos/UFRPE
Com o objetivo de auxiliar os graduandos em sua produção escrita, nosso mini-curso trará informações básicas para a construção de alguns textos e trabalhos científicos com base nas normas propostas pela ABNT. Nossa abordagem trará questões como tabulações, tipologia da fonte (caractere), espaçamentos, a utilização de imagens e tabelas, notas de rodapé e organização das referências (documentais, imagéticas, bibliográficas, etc.). Elementos vitais na construção de resumos, artigos e relatórios.
TOLSTÓI: PRIVILÉGIO E VIOLÊNCIA NA RÚSSIA DOS CZARES
Prof°. Dr° Paulo Donizete Siepierski/UFRPE
Em 20 de novembro de 2010, será comemorado o centenário da morte de Liev Nikolaiévitch Tolstói. Em 1899, pouco mais de dez anos antes de morrer, Liev Tolstói (1828-1910) lançava seu último romance. Em maio de 2010, ano em que a morte do escritor completa cem anos, o texto de "Ressurreição" foi publicado pela primeira vez em português traduzido do russo, pelo escritor e tradutor Rubens Figueiredo. Na época em que "Ressurreição" foi lançado, o já célebre Tolstói era mais conhecido pelas críticas sociais e religiosas do que propriamente como escritor de ficção. A imagem que foi fixada nesses cem anos de Tolstói como uma figura moralista tem mudado provavelmente com o fortalecimento da própria noção de Tolstói como escritor antes de polemista. Insistir na visão de um Tolstói doutrinador religioso, moralista, é uma simplificação que deixa de lado o caráter mais marcante da obra de Tosltói: seu cunho questionador dos pressupostos da sociedade moderna. Em "Ressurreição", um dos maiores romances de todos os tempos, Tolstói desnuda a interdependência entre privilégio e violência, através de um preciso desvendamento das relações de poder na sociedade.
CAMINHOS DA POLÍTICA BRASILEIRA: DA REDEMOCRATIZAÇÃO AOS DIAS ATUAIS
Prof°. Dr°. Tiago de Melo Gomes
Estudo da Formação e trajetória dos principais grupos da política brasileira dos últimos 30 anos.
OS ÍNDIOS NO CURRÍCULO ESCOLAR: A LEI 11.645/08 E A HISTÓRIA INDIGENA EM PERNAMBUCO.
Prof o Mestrando Edmundo Monte
Prof°. Dr°. Edson Silva
Esse mini-curso busca oferecer subsídios para atender as exigências da Lei nº. 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino da história e culturas dos povos indígenas no currículo oficial da rede de ensino no Brasil. Os povos indígenas conquistaram nas últimas décadas considerável visibilidade enquanto atores sociais em nosso país, mas, por outro lado, é facilmente contestável o desconhecimento, os preconceitos, os equívocos e as desinformações generalizadas sobre os índios, inclusive entre os/as educadores/as. A partir de discussões em torno da atual situação e de uma crítica às imagens e visões sobre os povos indígenas, serão propostas novas abordagens e conteúdos programáticos, bem como, sugestões de subsídios, que possibilitem novas formas de tratamento da temática indígena na escola.
O ESTADO MODERNO: GÊNESE E EVOLUÇÃO
Profª. Drandª. Alessandra Uchôa/UFRPE
Gênese e evolução do estado Moderno. Importância da contribuição de Maquiavel. O Jusnaturalismo. O Estado de Direito Hegeliano.
A ESCRITA DA HISTÓRIA E SEUS DESAFIOS: INTRODUÇÃO A OPERAÇÃO HISTORIOGRÁFICA
Prof. Doutorando Humberto Miranda - UFPE
O minicurso pretende debater, de modo introdutório, os caminhos da operação historiográfica, tornando-se um convite para a discussão sobre o método e a prática da escrita. Nesse sentido, o espaço será dedicado aos estudantes que pretendem enveredar para o campo da investigação historiográfica ou que estão em fase de início de suas pesquisas de iniciação cientifica.